terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Secretário Luiz Eduardo, da SETHAS, recebe representante de povo cigano

Foto: Imprensa Sethas

O secretário de Estado do Trabalho e da Assistência Social, Luiz Eduardo Carneiro Costa, recebeu na manhã desta terça-feira (15), em seu Gabinete, no prédio da SETHAS, no Centro Administrativo, a vice-presidente da União Cigana do Rio Grande do Norte-UCIRN, Adriana Alexandria. Diana Rorarani, nome pelo qual Adriana é conhecida entre o seu povo, que vive nas proximidades do município de Tangará, município da região Trairí do Estado, luta pela igualdade de direitos sociais dos ciganos, independente de localidade, rancho e etnia.

Estudante de Direito em Natal, a única cigana no Estado a cursar uma faculdade, Diana Rorarani pede a intervenção do Poder Público para assegurar condições dignas de sobrevivência ao povo cigano no Rio Grande do Norte, que, explica, merece o mesmo tratamento dispensado a quilombolas e indígenas.

Na reunião que teve com o secretário Luiz Eduardo e da qual participou a assessora técnica da SETHAS, Erinalda Galvão, coordenadora de Estudos e Projetos da Secretaria, Diana pediu ajuda para a obtenção de documentos pessoais – a maioria sequer tem registro de nascimento –, melhoria nas condições de moradia e inserção das famílias ciganas nas políticas públicas sócias, em especial, aquelas com crianças, a fim de que sejam incluídas no cadastro único da Assistência Social para que se tornem beneficiárias, também, do programa Bolsa Família, entre outras ações, inclusive nas áreas de saúde e educação.

O secretário Luiz Eduardo determinou à assessora técnica da SETHAS que planeja uma reunião mais ampla, com a participação de gestores do programa Bolsa Família e representantes de outras pastas de governo para que as ações solicitadas tenham o devido encaminhamento.

Segundo Diana, no rancho do qual ela faz parte, vivem, hoje, 35 famílias, mas a população cigana no Estado é de, aproximadamente, 10 mil pessoas. “Há ciganos espalhados por, praticamente, todo o Rio Grande do Norte”, informa. A idéia de fundar a UCIRN, que tem como líder Antônio Calon, foi para uniformizar a luta pela garantia de direitos sociais do povo cigano.

“Sou vista como uma pessoa diferente do meu povo porque tive a oportunidade de estudar, mas o povo cigano precisa de atenção, sofremos muitas humilhações, dificuldades e discriminações, somos vistos como embusteiros, mas acredito que é possível mudar essa realidade, só precisamos de ajuda”, relata Diana Rorarani, que também é auxiliar da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Cidadania.

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